quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

ÁFRICA EM NÓS.



Publicado por Leila Silva

E nós?
Nós, os sedentos de conhecimento,os necessitados de saber da real história e suas realezas. Nós, os inconformados pela negação da história ancestral Milenar

África de muitas rainhas e reis, África de grandiosos Impérios, terra de guerreiros e guerreiras, palco de infinitas riquezas culturais, de tantos artistas. Indiscutivelmente o berço primordial a civilização humana, nossa ancestralidade é nossa raiz.
E nossa raiz está em todos os cantos de um continente erroneamente chamado como apenas país.

Nós? ah, pretenciosos ou despretensiosamente estamos voltando à África. redescobrir no que for possível,a nossa história nos seus 50 povos, e uma gama indescritível de valores. todos desrespeitados pelos seus, e pelos outros.

Povo escravizado pelos seus irmãos vendidos aos Portugueses, já que estes não conseguiram torna-los escravos. Fracassaram em suas tentativas e para dominar mais rápido, começaram a trocar armamentos, estruturando militarmente os Reis em troca de provocações e brigas entre reinados. Política até hoje praticada pelo Poder, para enfraquecer os já desfavorecidos.


 HISTORIA.

 


O Nascimento do Reino do Congo: ANO 1000

A África, ao sul da Linha do Equador, era habitada por povos que falavam língua Banto. Nessa imensa área, os africanos também formaram reinos poderosos e organizados, citando aí o reino do Congo.

Este povo vivia em seus costumes quando o capitão português Diogo Cão chegou à foz do Rio Congo, em 1483. No primeiro contato, o rei do Congo, talvez por temor das armas de fogo portugueses, recebeu-os cordialmente. Aproveitando-se disso, os comerciantes portugueses começaram a interferir na política africana. Com a morte do rei do Congo, abriu-se uma disputa pelo trono entre seus dois filhos. Os Comerciantes portugueses ajudaram um deles, Nzinga Mbemba, a vencer o irmão nessa disputa.

Logo que começou a reinar em 1505, Nzinga Mbemba converteu-se ao cristianismo e adotou o nome português Affonso. A partir de então, estudou dez anos com os padres em Mbanza Congo, aprendendo a falar e a escrever bem em português. Affonso I (1505-1543) procurou adquirir os conhecimentos e as armas que vinham da Europa, pensando certamente em fortalecer seu reino.
Com essa intenção também enviou jovens africanos para estudar em Portugal e escreveu ao rei português pedindo que enviasse missionários, médicos e professores a seu país.

De Portugal, porém, vieram principalmente traficantes interessados em conseguir homens, mulheres e crianças para escravizar e vender. Ao aperceber-se disso, o rei africano Affonso I escreveu cartas ao rei de Portugal pedindo que proibisse o comércio de africanos. O rei de Portugal não deu ouvidos ao rei do Congo e o tráfico continuou intenso. O rei Congo Affonso I, então, tentou apelar ao papa, mas assim que seus emissários chegavam a Lisboa eram detidos e não conseguiam seguir viagem ao Vaticano.

Grupo étnico Banto: Quatrocentos grupos étnicos falam línguas bantas atualmente - Bakongos – Lingua: Kikongo (Zaire, Uíge e Cabinda, aparecendo também no Congo, Angola e na República Democrática do Congo). Os Bantos não constituem toda a população africana nativa ao sul do Saara. Na verdade, acredita-se que a sua maioria tenha vindo dos atuais Nigéria e Camarões, e nos primeiros séculos da era cristã se espalharam por todo o sul da África, quase que substituindo o grupo anteriormente predominante, os khoisan (leia-se coissã) ou bosquímanos, que ainda hoje vivem em pequenos bolsões, desde Angola até Moçambique, passando pela África do Sul.
Os Bantos já desde o início praticavam a agricultura, caça e a pesca. Além disso, conheciam a metalurgia, o que deu grande vantagem na conquista dos povos vizinhos.

E foi este povo carregado de cultura, informações, empoderamento, que foi transformado em mercadoria e traficado pelos Europeus e escravizados no Brasil. O valor desta dívida é incalculável, mas tem que ser pago. E nós? vamos fazendo nossa viagem de volta, ao reencontro com nossos Ancestrais. É nosso resgate.

http://civilizacoesafricanas.blogspot.com.br/2010/05/bakongos.html

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